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10/07/2017

Só um palhaço



Quando você sair pela sua rua.
Em um dia desses ou uma noite.
Passeando por sua cidade.
Ou, sei lá, pela sua vida.
Quando de repente.
Em uma esquina qualquer, eu apareço.
Talvez o último romântico.

Ah! Ah! Ah! Você ri...
Você ri, porque só agora notou minha presença.
Libero meu charme de louco.
As luzes do sinal abrem e fecham.
Como a avisar que o amor vai passar.
E só as rosas da floricultura,
Estão por mim apaixonadas, juro.
Vem, vem, vamos caminhar juntos e amar.

E assim meio dançando, eu quase voando.
Te ofereço uma rosa e te digo:
Já sei que já não sou, passei, passou.
A felicidade nos espera nessa rua, é só tentar.
Eu venho das calçadas.
Que o tempo conservou.
Só o amor não guardou.
E olhando você triste, pergunto: O que te falta?

Talvez encontrar a felicidade,
Pois eu te levarei.
Louco, louco, louco!
Foi o que me disseram.
Quando disse que te amei.
Mas no brilho dos teus olhos,
Senti-me seguro em um amor futuro,
Eu quebrei o gelo do teu coração.

Louco, louco!
Como um palhaço de rua.
Mas demente, saltarei dentro,
Do abismo dos teus lábios até sentir,
Que, com um beijo.
Enlouqueci teu coração,
E de tão livre, chorarei e gritarei.
Vem me amar querida minha.

Transforma esse coração,
Entra na minha ilusão.
Vamos correr pelas ladeiras.
Mesmo apaixonados sem maneiras.
Com certeza nos aplaudem.
Viva! Viva os loucos que acreditam no amor!
Venha, eu te ofereço meu coração,
Meu rosto enrubesceu, já é tosco o sorriso.

A brotar em lábios secos pela emoção.
Quem sou eu? Sei lá, um...
Um tonto, um santo, ou um apaixonado.
Já sei, que nem sei quem sou.
Abraça essa ternura de louco que há em mim.
Ensina-me com teu beijo,
Que vale a pena amar e viver.
Angústias, nunca mais!


(Sergio Quegi – 24/07/2004)

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