O poeta não
chora.
A poesia não é
para se entender, e sim para ser sentida.
O poeta apenas lança seu sentimento em lágrimas de letras, tristezas em versos, alegrias em
hilários, mágoas em vertentes de amor.
O poeta não
chora, soluça em hiatos e ditongos, seus prantos são cantos, sua dor
estribilhos, solta prismas nas sílabas.
O poeta mente,
sente o que não consente, descontente em sentimentos, mas contente em seus
lamentos.
O poeta não
chora, rima a solidão ou tristeza, coloca beleza no feio, e amor no seio.
O poeta é um
falsário, não disfarça a sua dor, ri da perda do amor, mas fala em tom de
farsa.
O poeta declama o
sentimento no mundo, imundo ou profano, de beleza espectral, na vida perdida.
O poeta comove, e
se revela quando se esconde.
O poeta escreve, não chora, o leitor é quem chora.
(sergio Quegi - 26/09/2017)
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