Nem sempre existência de uma
pessoa, significa que ela tenha vida.
No mundo eu escrevi e
continuo escrevendo minha história, mas dependendo quem me olha eu sou
inexistente.
Tive mil razões para viver,
assim como outras mil para morrer.
Amei muito, sem saber ao
certo se fui amado.
Assim como, talvez fosse
amado sem saber amar.
Estive no topo e me senti
sem valor, e se no fundo do poço, lá inexiste o amor.
Todos olham através de minha
transparência, nunca vêem quem eu sou.
Por vezes sou o trabalho
perfeito, outras vagabundo de rua.
Minha história nunca será escrita,
apenas vivida por mim.
Se em um dia estou de carrão
em outro estou deitado no chão.
Meus entes de mim esqueceram,
tudo que fiz, fui e aconteceu.
Agora isso já morreu certo foi
o espaço de vida que existiu.
Erguia-se a taça, rodeado de
amigos em graça, sentia o vicio corroendo, e de meu ser, o âmago morrendo.
Por muitos corpos no desejo
passando, poderoso e viril.
Hoje meu corpo é capengo
dolorido e febril.
Compartilhando falsos
amores, que só deixavam dores, mas segui firme minha decisão.
Muitas amizades, duradouras
somente na saudade.
Construí futuro que não eram
meus, tentei ou realizei sonhos que foram meus pesadelos.
Hoje, há o hoje. Tão distante
esta.
E você que esta lendo, algum
dia me viu, olhou realmente para mim?
Sabe quem sou?
Sou aquele que um dia, te
deu um abraço.
Eu sou aquele que te pagou
uma bebida, lembra quando te ofereci o cigarro?
Eu andava bem vestido, roupa
de marca, todos queriam minha companhia.
Muitas pessoas desejavam meu
corpo, contar com minha presença em seus festejos.
Mas agora, esse difícil agora,
quando estou invisível, e você nem me nota.
Eu passo a seu lado, não me vê.
Peço apenas comida, e não me
houve.
Quando sinto sede, não me
oferece água,
Apenas me olhe, eu sou o ser,
que esta junto a você ou em sua frente.
Não me deixe invisível.
(Sergio Quegi-21/04/2015)
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