Ao seguir por uma calçada,
Cabisbaixo e acabrunhado.
Pensamentos vagueiam,
Por lembranças arredias.
Pedras soltas oferecem
perigo,
Passo a passo, sigo.
Parecendo mais contar as
pedras,
Mas o olhar é triste.
Sentado a beira da parede um
homem,
Deleita-se com sua refeição.
Vejo então que desventuras,
Não são exclusividades
minhas.
Paro olho a volta,
Ninguém repara que existo.
Assim como aquele homem,
Deram-lhe o prato de comida.
Mas nem se deram conta,
Que talvez ele estivesse com
fome,
De um afago, uma palavra e atenção.
Quem sabe quantas estórias,
Ele tem para contar.
Experiências para ensinar,
Sem ninguém para ouvir.
Assim volto para minhas lembranças,
Que também gostaria de
compartilhar.
Dou mais alguns passos,
Paro, olho as pedras soltas.
Como armadilhas de sonhos.
Das pessoas que seguem,
Apressadas em busca de vida.
Ninguém quer parar, sempre
correndo.
Para onde muitas vezes,
Nem mesmo eles sabem por quê.
Aquele homem assim como eu,
Já não corremos mais.
Pois já não temos pressa,
Seguimos com atenção.
Passo a passo já desviamos,
Muitas pedras soltas da vida.
(Sergio Quegi-26/06/2015)
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